RODRIGUES ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA

ADVOGADO ESPECIALIZADO EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO E GESTÃO PÚBLICA.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Resenha crítica de Macroeconomia

Universidade Aberta do Brasil
Aluno: Ernandes Pereira Rodrigues
Tutora: Lília de Sousa Vieira Rodrigues
Curso: Bacharelado em Administração Pública
 Disciplina: Macroeconomia
 Data:


















                                
                                                    Resenha Crítica

Referências Bibliográficas

ROSSETTI, Jose Paschoal. Introdução à Economia. 18. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Economia Micro e Macro. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
SIMONSEN, Mario Henrique; CYSNE, R. P. Macroeconomia. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
O’SULLIVAN, Arthur; SHEFFRIN, Steven M.; NISHIJIMA, Marislei.
Introdução à Economia: Princípios e Ferramentas. São Paulo: Prentice
Hall, 2004.

1-Credenciais do autor
Luiz Fernando Mählmann Heineck
       Graduado em Engenharia Civil e Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutor em Engenharia Civil pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, e Pós-Doutor em Demanda Habitacional pela Universidade de Utrecht, Holanda. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Ceará e pesquisador do CNPq. Possui experiência na área de Engenharia Civil com ênfase em Economia e Gerenciamento da Construção Civil. Atua principalmente nos temas de Oferta e Demanda na Construção Civil, Mercado Imobiliário e Eficiência na Alocação de Recursos em Empresas e Obras de Engenharia Civil.

3-Perspectiva teórica do livro
       Neste novo módulo, vamos buscar uma síntese ainda maior, focando o olhar na Macroeconomia. De certa maneira, esta disciplina aponta balizas gerais às atividades que gostaríamos de levar à frente como administradores. Como princípio a Macroeconomia fundamenta recursos que analisam e impõem limites, freios, marcos ou impedimentos mais amplos a nossa atividade como homens econômicos. Existem condicionantes econômicas gerais que indicam que nem tudo é possível de ser realizado para mudar a sociedade, principalmente no curto prazo.

4-Resumo do livro

       O livro é formado por seis unidades, cada uma delas sob a responsabilidade do autor, traduzindo sua experiência e fundamentação sobre o estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconômicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. Os objetivos da macroeconomia são principalmente: o crescimento da produção e consumo, o pleno emprego, a estabilidade de preços, o controle inflacionário e uma balança comercial favorável.
        Na unidade um apresenta os fundamentos, os problemas e os modelos macroeconômicos. Na mesma unidade, estão contidas diversas opiniões acerca da macroeconomia.
De acordo com Mankiw (2008), a Macroeconomia é o estudo da economia como um todo, incluindo o crescimento em termos de renda, as variações nos preços e na taxa de desemprego. Procura oferecer políticas para melhorar o desempenho econômico e explicar os eventos econômicos. Blanchard (2007) define a Macroeconomia como o estudo de variáveis econômicas agregadas. Já Krugman e Wells (2007), no glossário de seu livro, definem Macroeconomia como o ramo da economia que trata da expansão e da retração da economia em geral. Dornbusch e Fischer (1991) colocam que a Macroeconomia trata do comportamento global da economia com períodos de recessão e recuperação.
Os autores nacionais Simonsen e Cysne (2007) chegam a definir Macroeconomia, usando apenas a metáfora de que esta área se preocuparia em estudar a floresta, enquanto que a Microeconomia estaria voltada para o estudo das árvores. Carvalho et al (2008) colocam que a Macroeconomia é o ramo da economia que estuda o comportamento humano em um contexto agregativo, ou seja, trata do impacto da ação humana sobre os grandes agregados (como o mercado de trabalho ou o consumo de bens e serviços).

        Outro assunto bem explanado na unidade um foi a questão das ações dos macroeconomistas. As ações dos macroeconomistas são tipicamente anticíclicas, ou seja, vão em direção contrária ao crescimento ou a “depressão” da economia.
Assim, podemos afirmar que os economistas devem agir com antecedência para atenuarem os surtos de grande prosperidade (na busca de evitar uma eventual contrapartida na forma de depressões também acentuadas). Da mesma forma, os economistas advertem que não há almoço grátis, ou seja, há que se desconfiar de discursos políticos nos quais só são prometidos benefícios sem custos. Para cada ação econômica existem vantagens e desvantagens. Também não abrimos mão da ação dos economistas para lidar com a inflação. A alta desenfreada de preços, no que se configurou chamar de inflação de dois dígitos (acima de nove por cento ao ano, mas mais especificamente acima de nove por cento ao mês) e a hiperinflação que desestabiliza o sistema econômico e introduz custos e dificuldades operacionais para a sua condução (correção monetária troca de moeda e incapacidade dos sistemas contábeis trabalharem com valores expressos em números grandes).
      
       Ainda na unidade um, foram explanados também os problemas macroeconômicos fundamentais. Os problemas macroeconômicos fundamentais lidam com a modelagem, o entendimento e a eventual elevação/diminuição de variáveis como: Produto Interno Bruto, Taxa de inflação, Taxa de juros, Taxa de câmbio, produto potencial, distribuição de renda, taxa de juros nominais, gastos públicos etc.
      
     Finalizando a unidade um, podemos afirmar que a estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados:
• Mercado de Bens e Serviços: Determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.
• Mercado de Trabalho: Admite a existência de um tipo de mão de obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.
• Mercado Monetário: Analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.
• Mercado de Títulos: Analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior à sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.
• Mercado de Divisas: Depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.
       Na unidade dois, são abordados assuntos da Contabilidade Nacional e introduz os elementos para análise contábil, economia aberta e fechada. A ênfase pretendida é a de mostrarmos como se faz a mensuração da atividade econômica, introduzindo conceitos como renda, poupança, investimento, tributação, exportações e importações.
      
       Podemos em uma primeira definição afirmar que a Contabilidade Nacional é um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em um determinado período de tempo, fornecendo estatísticas e hierarquizando fatos econômicos para que possam ser analisados de forma coerente. Diferente de outras linhas de estudo da Macroeconomia, a Contabilidade Nacional trata apenas de fatos ex post. Em outras palavras, podemos defini-la como ramo da macroeconomia que analisa o desempenho econômico do País.

       Os aspectos relevantes da atividade econômica, objeto de acompanhamento da Contabilidade Nacional, são as transações monetárias que decorrem do processo de produção e que nos possibilitam verificar o desempenho de uma economia ao longo do tempo. As informações geradas pela Contabilidade Nacional estabelecem comparações internacionais, como as taxas de crescimento do PIB de diversos países, bem como dos principais agregados macroeconômicos. Com essa finalidade foi criada uma sistemática para a apresentação uniforme das Contas Nacionais pelos diversos países, permitindo a apreciação conjunta das informações para as várias economias.

       A Contabilidade Nacional vem fornecer as principais medidas da economia – os agregados macroeconômicos: quanto foi produzido, consumido, investido e quanto de renda foi gerada e como foi apropriada.

       Outro assunto explanado na unidade dois foi os conceitos de fluxo circular, também visto na disciplina introdução a economia. Este fluxo é uma espécie de diagrama que nos permite estabelecer e explicar os principais agregados macroeconômicos. Nele é possível examinarmos as relações de troca entre os setores que originam o processo de produção. Ao falarmos em transações monetárias identificamos dois fluxos principais, são eles:
·         O fluxo real que representa a circulação de bens e serviços e fatores de produção pela economia; e
·          O fluxo monetário que será a remuneração ou a contrapartida paga ao fluxo real.

Em resumo, na Contabilidade Nacional o acompanhamento dos fluxos de produção, monetário e dos gastos em um determinado período de tempo nos permite calcular o PIB de uma economia por meio de três óticas:
·         A ótica do produto que é igual ao valor da produção menos o valor dos consumos intermediários.
·          A ótica da renda que é igual à soma das remunerações pagas aos fatores de produção.
·          A ótica da despesa que é igual à soma dos gastos finais da economia, sejam estes em bens de consumo ou formação de capital.
       Assim, podemos afirmar que o PIB obtido pela ótica do produto mede a produção; pela ótica da renda mede o rendimento dos agentes econômicos; e pela ótica da despesa mede o consumo.
       Outro assunto proposto nessa mesma unidade são os agregados macroeconômicos como o Produto Interno Bruto (PIB), Renda Nacional Bruta (RNB), Renda Líquida de fatores Externos (RLFE) etc.

RNB = PIB – RLFE

       A RLFE é a diferença líquida entre a Renda Recebida do Exterior (RRE) e a
Renda Enviada ao Exterior (REE). Se a RRE for maior do que a REE, utilizaremos em nossos cálculos a Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE).
       Caso a RRE seja menor do que a REE o conceito que surge é o da Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE). Tais distinções são importantes para caracterizarmos o estágio de desenvolvimento de um país: se a RLFE é a enviada então o PIB é maior que a RNB; caso a
RLFE seja recebida então o PIB é menor do que a RNB. A primeira perspectiva caracteriza os países em desenvolvimento que produzem muito mais com os fatores estrangeiros do que com os nacionais.

       A partir da RNB podemos derivar outro importante agregado que é a Renda Nacional Disponível (RND). Ela é formada pela RNB somada às transferências correntes entre os países para os quais não há contrapartida em termos de bens, serviços ou uso de fatores de produção. É o caso das Transferências Unilaterais Recebidas (TUR) que têm como exemplo as remessas de valores de imigrantes à suas famílias, as doações, as heranças, entre outras. Logo, ela corresponde a tudo aquilo que os agentes econômicos possuem para consumir. Para calculá-la temos duas formas:

RND = RNB + TUR ou RND = C + SD

      Em que (C) representa o consumo e o (SD) a poupança doméstica, aquilo que os agentes não gastaram.

       A Renda Disponível do Governo (RDG) é constituída pelas arrecadações públicas com impostos diretos menos as transferências e os subsídios; e a Renda Privada Disponível (RPD) é a soma das remunerações pagas aos fatores de produção privados (famílias). Dessa forma, temos que:

RDG = RND – RPD
RPD = RND – RDG
Logo: RND = RDG + RPD
       Outro assunto de suma importância é o Sistema de Contas nacionais. Suas principais características e a descrição das suas principais contas. O que a Contabilidade Nacional apresenta é um retrato do funcionamento da economia em um determinado período, ou seja, as contas nacionais representam uma síntese da realidade econômica de um país em determinado período de tempo.
Em sua versão original criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o sistema possuía quatro contas que foram classificadas por meio de três óticas de mensuração: de produção, de apropriação (ou utilização da renda) e de acumulação dos agentes econômicos. Seguindo essa sequência, a quarta conta leva em consideração o setor externo. Por meio do método contábil das partidas dobradas são feitos os lançamentos nas contas:
·         Produto Interno Bruto (produção).
·         Renda Nacional Disponível (apropriação).
·          De Capital (acumulação).
·         De Transações com o resto do mundo.
       Outro assunto exposto na unidade dois é o Balanço de Pagamentos. O balanço de pagamentos tem uma importância singular na análise econômica: é um instrumento que nos permite acompanhar detalhadamente a evolução dos fluxos de recursos de materiais e financeiros entre os agentes internos e externos de uma determinada economia. Como qualquer outro plano contábil, o balanço de pagamentos da Contabilidade Nacional é dado por um conjunto de contas agregadas que podem ser subdivididas em diversas outras contas, dependendo somente da necessidade de análise a ser realizada. Existem quatro contas analíticas que formam a base do balanço de pagamentos. São elas: Conta Corrente, Conta de Capital, Conta Financeiras Omissões e Erros.

       A unidade três enfatiza os determinantes da demanda e da oferta agregada. Este é o ponto central do livro, que vai permitir a operacionalização das ferramentas da Macroeconomia que serão vistas nas Unidades seguintes.

       Nesta Unidade, o autor descreve os condicionantes da oferta e da demanda agregadas, considerando o princípio da Macroeconomia que, por definição, é o estudo em escala global de fatos da economia. São discutidos também sobre as formas das curvas de oferta e demanda agregadas, os seus deslocamentos e as movimentações que podem ocorrer ao longo de curvas específicas. Vimos graficamente como é possível expressar os choques positivos e negativos de demanda e de oferta. Como ênfase, na economia em equilíbrio ou em sua busca, em que a demanda agregada é igual à oferta agregada, estudamos o modelo de equilíbrio geral OA-DA (Oferta Agregada – Demanda Agregada).
      
       A oferta agregada envolve a quantidade de bens ou serviços produzidos no mercado por um determinado período de tempo.
      
       Outro conteúdo bastante discursivo nessa unidade foi a questão sobre o curto e longo prazo.
O curto prazo é algo que vai de seis meses a dois ou três anos e é caracterizado por modificações importantes em apenas uma das variáveis em consideração, permanecendo as demais constantes. O longo prazo envolve todas as variáveis que podem ser modificadas, no entanto, resguardando a mesma base tecnológica e institucional da sociedade. Este longo prazo compreende um período entre três e dez anos.
       Ainda na unidade três, foram expostos também conceitos e características da demanda agregada. A demanda agregada é tudo aquilo que os agentes econômicos solicitam à sociedade para levarem aos seus lares, para as unidades produtoras, para o governo ou até mesmo para fora do país. Somamos, portanto, todos os tipos de bens e serviços de todos os mercados individuais.  Luís Fernando ainda resalta que a demanda agregada é o grande motor da economia. É ela quem determina a oferta, é ela quem cria o impulso para o desenvolvimento econômico, por fim, é ela quem faz com que teoricamente possamos maximizar a utilidade (. o bem-estar) de todos os seres humanos.

       Na unidade quatro, o autor explora um desdobramento dos determinantes da demanda e da oferta agregada, apresentando uma ferramenta específica e de alto poder de modelagem – as curvas IS-LM. Vamos precisar de um pouco de paciência para entendermos porque é dada tanta ênfase a este desdobramento numérico e gráfico contido nas curvas IS-LM. Quando chegarmos neste ponto você vai se surpreender com a elegância dessa técnica gráfica, que reproduz, de maneira mais abrangente, as mesmas considerações das curvas de oferta e demanda agregadas dos capítulos anteriores. Nesta Unidade, iremos ver que o modelo IS-LM é uma teoria geral que trata da demanda agregada por bens e serviços. Além disto, o modelo retrata a possibilidade das famílias reterem moeda com fins especulativos, aguardando melhores momentos para fazerem aplicações com rendimentos maiores do que os que estão sendo oferecidos no presente. Estudaremos também as variáveis exógenas presentes no modelo IS-LM, como as políticas monetária e fiscal e o nível geral de preços. Mostramos ainda as ligações entre os modelos IS-LM e OA-DA.

       Atualmente o modelo IS-LM pode ser aplicado a preços rígidos ou flexíveis, as análises econômicas conduzidas por meio de seu uso também podem ser utilizadas para os estudos de curto e de longo prazo. O modelo IS-LM pode ainda ser incluído entre as ferramentas de junção das escolas: síntese neoclássica e keynesiana. Como veremos, o modelo sintetiza em um só conjunto de gráficos o lado real e o monetário da economia, lembrando que, filosoficamente, este é um duelo constante entre os economistas.
O modelo IS-LM propõe a reconciliação destes dois lados: o real e o monetário. O lado monetário gira em torno da questão dos juros, do custo que se tem pela posse de dinheiro. Keynes, em sua teoria inicial, não deu muita importância aos juros para a condução da Macroeconomia.
  
       A sigla IS é formada pelos verbetes da língua inglesa investment e savings, ou seja, investimento e poupança, em português. Ela procura relacionar duas variáveis importantes para
o desenvolvimento econômico: os investimentos, caracterizados por novas obras, equipamentos e tecnologias e a oferta de recursos que possam custeá-los.

       Como no lado IS do modelo, a sigla LM foi derivada de duas palavras da língua inglesa que se referem à demanda e a oferta de recursos, neste caso, o dinheiro. Temos L como sendo a representação da demanda por liquidez (liquidity) e M a oferta de liquidez, ou seja, de moeda (Money). A liquidez é a preferência, a vontade, a demanda em estocar meios de pagamento para fins diversos.

       A moeda é mais um bem a ser adquirido pelo público em geral, tendo um preço que é a taxa de juros nominal que se paga por retê-lo. As pessoas deixam de ganhar juros por reterem moeda e não aplicá-la no mercado de ativos (mercado não monetário). A moeda tem três destinos: é mantida por precaução, para fazer transações e para especulações.

       A unidade cinco trata especificamente do item inflação, porém acrescentando um elemento a mais na ementa da disciplina que é a questão do desemprego, pois este é um tema central nas sociedades modernas. Apesar do caráter conceitual deste capítulo, ele é apresentado também na forma de mais um instrumento de análise macroeconômica – as curvas de oferta e demanda inflacionária.

        Nesta Unidade, veremos que o desemprego, a inflação e o produto de uma economia podem ser modelados conjuntamente por achados estatísticos recentes, como a Curva de Phillips e a Lei de Okun. Discutiremos ainda que a partir destes equacionamentos podemos obter a curva de oferta agregada de uma economia. Tais fatos nos permitem interpretar o modelo de síntese da economia desenvolvido com base nas curvas de oferta e demanda agregadas inflacionárias. Mais do que isto, a formulação estendida da Curva de Phillips nos permite avaliar qualitativamente várias determinações em relação ao emprego na economia e a sua mensuração.

       A inflação e o desemprego são assuntos considerados os males gêmeos da economia. São temas econômicos tão importantes que a partir da soma de suas taxas anuais foi criado o índice de miséria de cada país. Inflação é por definição a alta continuada de preços que se estende por longos períodos de tempo e atinge a totalidade ou a maioria dos setores da economia. A alta de alguns poucos produtos, o aumento não persistente de preços e os aumentos unicamente setoriais não correspondem à inflação.

       De acordo com o seu fator disparador, a inflação pode ser enquadrada em várias tipologias, como a inflação de demanda que ocorre quando os agentes econômicos, incluindo famílias, organizações e governo desejam comprar mais bens do que aqueles que a sociedade é capaz de ofertar. Um excesso de demanda para uma quantidade restrita de bens faz com que os preços destes tendam a subir.

       A inflação de custos ocorre quando fatores inesperados aumentam os custos de produção, como quebras de safras agrícolas, dificuldades com o transporte de mercadorias, novos impostos incidentes sobre a produção ou comercialização, quebras de produtividade das máquinas ou de produtividade de recursos humanos. Uma categoria particular dentro deste grupo de inflação de custos é a de inflação importada. Ela ocorre quando insumos vitais para a produção são trazidos de fora do país, com preços que sofreram aumentos no exterior. Da mesma maneira, pelo lado da inflação de demanda, podemos ainda falar de uma inflação exportada. Esta ocorre quando os produtos de uma economia são preferencialmente destinados ao mercado externo, causando escassez no mercado interno e assim tendo os seus preços aumentados para os residentes no país. Ela inda pode ser inercial, esperada, inesperada, crescente e decrescente.

       Outro conteúdo exposto nessa unidade é a curva de Philips consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos levados a cabo por A. W. Philips e nos quais se demonstra que existe uma relação inversa entre a inflação e o desemprego. As razões para esta relação negativa prendem-se com o fato dos salários tenderem a aumentar quando o desemprego é reduzido e vice-versa; como os salários constituem um dos mais importantes componentes dos custos de produção, um aumento dos salários levará a um aumento dos preços. Desta forma, quanto mais elevada é a taxa de desemprego, menor será a taxa de inflação.
       Nessa unidade também é explanado a lei de Okun que é em Macroeconomia, uma teoria que propõe uma relação inversa entre desemprego e Produto Nacional.
       Ainda nessa unidade, o autor afirma que por razões operacionais, o desemprego é caracterizado por um ato declaratório das pessoas que respondem a questionários dizendo se estão em busca de um emprego ou não. Concluindo essa unidade, autor ainda afirma as dificuldades encontradas para a definição do que seja emprego e desemprego fazem com que sejam produzidas várias estatísticas para a sociedade, cada uma delas com seu grau de imprecisão. É o caso de desemprego aberto, oculto, estrutural, sazonal e natural.

       Na última unidade do livro, encontramos reunidas todas as Unidades anteriores dentro do tema de Políticas econômicas. Esse tema visa englobar os elementos da ementa correspondentes aos itens moeda, juros, renda (no que concerne à política monetária), papel do governo (no que concerne à política fiscal) e equilíbrio geral; e dar a você uso prático e objetivo das ferramentas apresentadas anteriormente.
Nessa unidade, o autor apresenta conceitos de política econômica, mostrando a influência dos elementos moeda, juros, renda (no que concerne a política monetária), o papel do governo e o equilíbrio geral (no que concerne a política fiscal). As duas formas de ação são alvos de debate entre os economistas que preferem uma ou outra ação, questionando inicialmente se estas ações devem ser implementadas (e quando). Ao final, discuti-se também a questão de déficits públicos e a acumulação de dívidas por parte dos governos.

       Podemos entender por política econômica um conjunto de medidas e ações governamentais que são planejadas para atingirem determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica de um país, região ou conjunto de países.
      
       Logo no início da unidade o autor explica as características das duas correntes de pensamentos macroeconômicos.
·         A dos ativistas que acreditam que as autoridades devem fazer intervenções na economia, considerando-as benéficas;
·         A corrente herdada da teoria de Adam Smith que considera que a economia é o que ela é, ou seja, ciclos, depressões, expansões e que tudo faz parte do funcionamento normal de uma sociedade, em que uma mão invisível, a do mercado, é capaz de garantir o retorno a um estado de progresso nas relações econômicas.
Posteriormente, podemos perceber que a intervenção na economia ocorre de duas formas: Intervenção de forma discricionária e Intervenção por meio de regras rígidas.

       Outro assunto de suma importância que está contido nessa unidade e a questão da política monetária, uma questão que tem repercussão em toda a esfera econômica.

       A política monetária é uma medida que visa manter a estabilidade econômica e o crescimento sustentável de um país. As ações são tomadas em cima dos impactos e mudanças na economia internacional e dos choques econômicos internos.

       Outra questão que gera argumentos e opiniões distintas é a seguinte afirmação: taxas mais elevada de inflação ajudam a absorver os desempregados, melhorando as condições de emprego da economia. Diante do quadro de incertezas quanto à operacionalidade de fixar metas para as variáveis nominais da política monetária, os agentes econômicos voltaram a discutir a possibilidade de trabalharem com políticas fiscais que têm como grande atrativo o fato de agirem sobre as variáveis reais, como os gastos públicos, os déficits e os superávits públicos, os investimentos, as poupanças, as tributações e os incentivos ao consumo.

       Ainda nessa unidade, o autor argumenta a questão da política fiscal: Antecedentes e o Keynesianismo.

       Por fim, falarmos de políticas fiscais implica em uma série de questionamentos. Tem havido certa relutância na sua aplicação devido aos hiatos de tempo que vão desde a decisão de implantar estas políticas e o seu efetivo impacto na sociedade. Por um lado, os aumentos de gastos do governo e o aumento de arrecadação estão ligados à aprovação pública, em geral, negociados politicamente com o legislativo. É um processo lento até a aprovação das leis e sujeito a barganha política que pode introduzir outras ações de política pública não inicialmente planejadas pelo gestor do governo. Em alguns casos existem princípios constitucionais que fazem com que os impostos só possam ser aplicados no exercício fiscal subsequente àquele em que foram aprovados.

5-Conclusão da resenha

      
    De um modo geral, o autor apoia-se em diversos estudiosos para emitir suas conclusões. Numa das poucas oportunidades em que declara suas próprias ideias, Luiz Fernando Mählmann Heineck nos lembra que é fundamental adotar métodos rápidos, eficientes e eficazes afim de manter o cenário econômico fixo.  Alerta-nos que determinadas escolhas geram consequências que poderão ser consideradas indesejáveis pelo sujeito ou pela comunidade.
       Vimos também que a macroeconomia estuda a economia em geral analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio. O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas interações relevantes. A macroeconomia se preocupa com aspectos de curto prazo.
       A política macroeconômica, como toda política, possui metas a serem atingidas. Dentre essas metas temos: alto nível de emprego, estabilidade de preços, distribuição da renda e crescimento econômico. O alto nível de emprego é importante, pois, dessa forma, as pessoas recebem um salário e têm condições de adquirir mercadorias.
      Ao contrário, o desemprego gera pouca demanda, fazendo com que os produtos permaneçam nas prateleiras. Logo, se não há procura de produtos, a produção diminui e consequentemente o lucro também. Assim existe uma preocupação quanto ao nível de emprego para que haja um equilíbrio entre a demanda e a oferta.
Um fator que influi na estabilidade dos preços é a inflação. É ela a responsável pelo aumento contínuo e generalizado no nível de preços. Contudo, se aceita que um pouco de inflação seja integrante dos ajustes de uma sociedade em crescimento, porque esse avanço econômico dificilmente se realiza sem que ocorram elevações dos preços. Enquanto que países em desenvolvimento enfocam a análise da inflação, os industrializados preocupam-se com o problema do desemprego.
     A distribuição justa de renda também é meta da macroeconomia, tanto em relação ao nível pessoal quanto ao nível regional. Observa-se que a cada dia essa disparidade aumenta, ou seja, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres.
       Vimos ainda que a teoria econômica de Keynes criticava os economistas que acreditavam na ideologia de que a economia poderia se estabilizar normalmente em função do tempo nos mostra que o administrador mais do que nunca deve ser versátil em prol de manter a economia equilibrada.
       Finalmente, conclui-se que O estudo da Macroeconomia dá ênfase a questões de curto prazo ou conjunturais, relacionadas com o nível de atividade, de emprego e de preços. No sentido de minimizar as flutuações econômicas relativas a essas questões foi enfatizado, especificamente, o papel dos instrumentos de política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas. Esses, por sua vez, necessitam da intervenção do governo no sentido de regular a atividade econômica e levar a economia ao pleno emprego.
6-Critica da resenha
       O livro oferece subsídios à construção dos nossos conhecimentos diante da esfera econômica, bem como um grande suporte para diversos tipos de  pesquisas no ramo da economia.
Com sólidos conhecimentos acerca do desenrolar histórico, o autor empenham-se em apresentar clara e detalhadamente as circunstâncias e características do cenário econômico, levando-nos a compreender as ideias básicas das várias linhas de pensamentos de grandes protagonistas acerca da macroeconomia contemporânea, bem como a descobrir uma nova maneira de ver o que já havia sido visto, estudado.
       É uma leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, além de diversas releituras e pesquisas quanto a conceitos, autores e contextos apresentados, uma vez que as conclusões emergem a partir de esclarecimentos e posições de diversos estudiosos da ciência econômica e suas aplicações e posturas quanto ao método e o equilíbrio do sistema econômico.
6-Indicações da resenha
       A obra tem por objetivo discutir alternativas e oferecer subsídios e sugestões para estudantes universitários e pesquisadores no ramo das ciências econômicas, a fim de que possam realizar planejar e desenvolver as próprias pesquisas e, sobretudo, ampliar os conhecimentos diante da esfera econômica para que possa conduzir de forma dinâmica e equilibrada os diversos problemas que afeta direto ou indiretamente a economia. É de grande auxilio, principalmente, àqueles que desenvolvem trabalhos acadêmicos no campo da ciência social.
       Não se trata de um simples manual, com passos a serem seguidos, mas um livro que apresenta os fundamentos necessários à compreensão da natureza econômica, nas ciências sociais, bem como diretrizes operacionais que contribuem para o desenvolvimento da atitude crítica necessária ao progresso do conhecimento.






Nenhum comentário:

Postar um comentário