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ADVOGADO ESPECIALIZADO EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO E GESTÃO PÚBLICA.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Resenha crítica sobre inteligência organizacional

                              Resenha Crítica
Universidade Estadual do Piauí- UESPI
Autor: Prof: Ernandes.
Curso: Bacharelado em administração pública
Disciplina: Sociologia organizacional

1-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
, C.; SCHON, D. Organizational learning: a theory of action perspective. Reading, MA : Addison-Wesley, 1978. BLANNING, Robert; KING, David R. Organizational Intelligence: AI in organizational design, modeling and control. [S. l.] : IEEE Computer Society , 1996. CHOO, Chun W. Information management for the intelligent organization: the art of scanning the environment. 2. ed. [S.l.] : ASIS, 1998a. (ASIS monograph series). CHOO, Chun W. The art of scanning the environment. ASIS Bulletin Article pre-print, 1998b. Disponível em:  Acesso em: 1 mar. 1999. CHOO, Chun W. The knowing organization: how organizations use information to construct meaning, create knowledge, and make decisions. New York : Oxford University, 1998c. DAMANPOUR, F. Organizational complexity and innovation: developing and testing multiple contingency models. Management Science, v. 42, n. 5, p. 693-716, 1996. KIRN, S. Organizational intelligence and distibuted AI. In: OHARE, G.; JENNINGS, N. Foundations of distibuted artificail intelligence: sixth generation computer technology series. [S. l.] : Wiley Inter-Science, 1995. KOLB, D. A. A gestão e o processo de aprendizagem. In STARKEY, K. Como as organizações aprendem: relatos do sucesso das grandes empresas. São Paulo : Futura, 1997. MC MASTER, M. D. The intelligence advantage: organizing for complexity. Newton, MA : Butterworth-Heinemann, 1996. MORESI, Eduardo. Delineando o valor do sistema de informação de uma organização. Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 1, 2000. NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro : Campus, 1997. SACKMANN, S. A. Culture and subcultures: an analysis of organizational knowledge. Administrative Science Quaterly, v. 37, n. 1, p. 140-161, 1992. SPECK, R. van der; HOOG, R. de. Towards a methodology for knowledge management. Disponível em:  Acesso em: 20 maio 1997. STATA, R. Aprendizagem organizacional: a chave da inovação gerencial. In: STARKEY, K. Como as organizações aprendem: relatos do sucesso das grandes empresas. São Paulo : Futura, 1997. THOMPSON, James. Organizations in action - 1967. In: SHAFRITZ, Jay M.; OTT, J. Steven. Classics of organization theory. 4. ed. New York: Harcourt Brace College, 1996. TZU, Sun. A arte da guerra. 18. ed. [S. l.] : Record, 1996. URDANETA, I. P. Gestión de la inteligencia, aprendizaje tecnológico y modernización del trabajo informacional: retos y oportunidades. Caracas : Universidad Simón Bolivar, 1992.
2-Credenciais do autor
Este presente artigo foi apresentado pelo estudante de doutorado Eduardo Amadeu Dutra Moresi em ciência da informação da Universidade de Brasília, onde aborda o tema: Inteligência organizacional: um referencial integrado.

3-Perspectiva teórica do artigo
O autor tem como propósito é fazer uma apresentação descritiva dos fatores que possibilitam desenvolver a inteligência no âmbito das organizações.
4-Resumo do livro
Inicialmente, o autor aborda a questão da gestão do conhecimento, onde são definidos os conhecimentos tácito, explícito e cultural, onde o mesmo faz uma retrospectiva no tempo e observa as mudanças que ocorreram nas organizações ao longo do tempo onde provoca um impacto não somente nas organizações, mas em toda a sociedade que integra na mesma. O mundo que no passado nos parecia ser conhecido, hoje é misterioso, contudo, o autor ressalva que nele há incontáveis oportunidades para aqueles que compreendem as dificuldades de aprender as novas formas de refletir de uma era de mudanças que já surgiu.

Em seguida, o autor faz uma pergunta: o que é aprendizado organizacional e em que difere do individual? A partir dessa questão, é apresentada uma conceituação relativa ao desenvolvimento do aprendizado nas organizações. A teoria de ação, um clássico desse assunto, é abordada sinteticamente.

No primeiro item, o autor faz uma análise sobre a gestão do conhecimento, onde ele descreve os tipos de conhecimentos.

O autor nos lembra de que é preciso definir os dois tipos de conhecimento que podem ser identificados em uma organização: o formal ou tácito e o informal. O conhecimento formal é aquele que está materializado nos livros, manuais, documentos, periódicos, base de dados, repositórios etc. Por ser um produto concreto, ele normalmente é captado pelas organizações. O outro tipo, o conhecimento informal, é aquele gerado e utilizado no processo de produção do conhecimento formal, constituindo-se de ideias, fatos, suposições, decisões, questões, conjecturas, experiências e pontos de vista. Por conter a inteligência do conhecimento formal, ele é um ativo patrimonial de imenso valor, apesar de se perder ao longo do tempo por falta de mecanismos para que seja coletado, estruturado, compartilhado e reutilizado. Portanto, gerenciar o conhecimento formal e informal em uma organização é o grande desafio a ser vencido. As duas formas de interação, entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito e entre o indivíduo e a organização, realizarão quatro processos principais da conversão do conhecimento que, juntos, constituem a criação do conhecimento.

Eduardo Amadeu emitem suas ideias de acordo com alguns estudiosos como Sackmann (1992) identifica quatro tipos de conhecimento cultural em uma organizacional:

·         Conhecimento de dicionário que compreende as descrições mais comuns, incluindo expressões e definições usadas na organização para descrever  ”o que” de situações, tais como o que é considerado um problema ou o que é considerado um sucesso;
·         Conhecimento de diretório que se refere às práticas comuns e é conhecimento sobre as sequencias de eventos e suas relações de causa e efeito que descrevem  “o como” dos processos, semelhante a como um problema é resolvido ou como o sucesso é alcançado;
·         Conhecimento de manual que engloba as prescrições para compor e aperfeiçoar estratégias que recomendam qual ação deve ser tomada, por exemplo, para resolver um problema ou tornar-se um sucesso;
·         Conhecimento axiomático refere-se às razões e explanações das causas finais ou das premissas a priori que são consideradas “no por que” eventos acontecem.
Em seguida, o autor conceitua a gestão do conhecimento que pode ser vista como o conjunto de atividades que busca desenvolver e controlar todo tipo de conhecimento em uma organização, visando à utilização na consecução de seus objetivos. Este conjunto de atividades deve ter como principal meta o apoio ao processo decisório em todos os níveis. Para isto, é preciso estabelecer políticas, procedimentos e tecnologias que sejam capazes de coletar, distribuir e utilizar efetivamente o conhecimento, representando fator de mudança no comportamento organizacional.

No tópico APRENDIZADO ORGANIZACIONAL, o autor faz a pergunta seguinte: o que é aprendizado organizacional e em que difere do individual? Em geral, existe uma tendência a pensar em aprendizado como um processo pelo qual indivíduos adquirem novos conhecimentos e percepções, modificando dessa forma seu comportamento e suas ações. O aprendizado organizacional implica também novas percepções e comportamento modificado, mas difere da aprendizagem individual em vários aspectos. Primeiro, a aprendizagem organizacional ocorre por meio de percepções, conhecimentos e modelos mentais compartilhados. Assim sendo, as organizações podem aprender somente na velocidade em que o elo mais lento da cadeia aprende.

A mudança fica bloqueada, a menos que todos os principais tomadores de decisão aprendam juntos, venham a compartilhar crenças e objetivos e estejam comprometidos em tomar as medidas necessárias à mudança. Segundo, o aprendizado é construído com base em conhecimentos e experiências passados, isto é, com base na memória. A memória organizacional depende de mecanismos institucionais (por exemplo, políticas, estratégias e modelos explícitos), usados para reter conhecimento (Stata, 1997).
Naturalmente, as organizações dependem também da memória dos indivíduos. Mas contar exclusivamente com indivíduos significa arriscar-se a perder lições e experiências conseguidas a duras penas, pois pessoas migram de um emprego para outro. À semelhança das pessoas, as organizações aprendem e desenvolvem diferentes estilos de aprendizagem. Isso se dá através de suas interações com o ambiente e através de suas escolhas de como se relacionar com ele.
São discutidos, também, aspectos relativos às atividades que buscam desenvolver e controlar todo tipo de conhecimento em uma organização, visando à utilização na consecução de seus objetivos. Assim, o conhecimento organizacional deve ser canalizado para potencializar o aprendizado da organização, onde a teoria de ação mostra as interações de primeira e segunda ordem.

Na conceituação de monitoração ambiental, foram incluídos a definição, os modos e alguns princípios de boas práticas. Finalmente, no último item, são feitas algumas considerações sobre inteligência organizacional. A seguir, define-se inteligência organizacional, além de distingui-la sob dois pontos de vista mutuamente dependentes: como um processo (dinâmico) e como um produto (estático).

No item INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL (Moresi 2000) ressalva que antes de definir inteligência organizacional, cabe uma questão muito simples: quais são as características de uma pessoa inteligente? Uma resposta seria a seguinte: uma habilidade excepcional de obter informações complexas provenientes do mundo externo; uma habilidade excepcional de apropriadamente a estas informações; uma capacidade de aprender rapidamente. Inteligência organizacional refere-se à capacidade de uma corporação como um todo de reunir informação, inovar, criar conhecimento e atuar efetivamente baseada no conhecimento que ela gerou (McMaster, 1996). Esta capacidade é a base de sucesso em ambientes sujeitos a mudanças rápidas e altamente competitivos. Assim, uma organização inteligente, analogamente aos seres humanos, deve possuir as seguintes características: uma curiosidade receptiva e astuta; um conjunto de respostas que seja consistente, mas flexível; uma capacidade de aprender rapidamente. A inteligência organizacional pode ser vista sob dois pontos de vista mutuamente dependentes: como um processo (dinâmico); como um produto (estático). Como um produto, ela refere-se à totalidade da informação estruturada, sintetizada e direcionada para um objetivo, que é gerada quando o sistema de informação de uma organização aumenta a sua capacidade de solução de problemas.

Conclusão da resenha
Dentro de uma visão integrada, uma organização é vista como um sistema aberto que existe em um ambiente e dele depende para sobreviver e prosperar por isso, uma organização necessita conhecer com exatidão as ameaças e oportunidades presentes no ambiente, o que é possível por intermédio da monitoração ambiental. Entretanto, as informações coletadas devem se transformar em conhecimento que possibilite perceber ameaças e oportunidades e desencadear as ações decorrentes.
 Nesse sentido, o desenvolvimento da inteligência organizacional passa a assumir um papel fundamental para que a organização possa atender aos desafios dos componentes ambientais. A inteligência apoiar-se-á na criação do conhecimento organizacional que, potencializado pelo aprendizado organizacional, criará as condições necessárias para que a organização possa inovar e adaptar-se à dinâmica e complexidade das condições ambientais.
Para que uma organização possa acompanhar a dinâmica do ambiente em que está inserida e as necessidades de melhorias em sua estrutura interna, atuando sempre com efetividade, é preciso que tenha um sistema de inteligência organizacional eficiente.
Por fim, conclui-se que o desenvolvimento da inteligência organizacional passa a assumir um papel fundamental para que a organização possa atender aos desafios dos componentes ambientais.
Critica da resenha
O artigo oferece subsídios à construção dos nossos conhecimentos diante da esfera social e econômica, bem como um grande suporte para diversos tipos de pesquisas no ramo das ciências sociais.
Indicações da resenha
O presente artigo serve como um manual para subsidiar estudantes dos cursos que envolvem as ciências sociais, da informação e econômicas afim de que possam formar conhecimentos sólidos.

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